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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Devaneios Cruzadísticos - Antero de Quental

O passatempo, este mês, homenageia o genial poeta do século XIX, Antero de Quental, a quem alguns amigos, igualmente geniais, o achavam santo, o santo Antero.

O ilustre historiador Oliveira Martins escreveu: «Este homem, fundamentalmente bom, se tivesse vivido no século VI ou no século XÏII, seria um dos companheiros de S. Bento ou de S. Francisco de Assis.»

Eça de Queirós, quando queria saber notícias do poeta, interrogava-se geralmente deste modo: «E santo Antero, como vai?».

Antero de Quental nasceu em Ponta Delgada, em 18 de Abril de 1842, filho do combatente liberal Fernando de Quental e de sua mulher Ana Guilhermina da Maia.

Estudou na Universidade de Coimbra, onde se licenciou em direito em 1864. Foi a principal figura na célebre Questão Coimbrã, em que Antero e outros poetas foram atacados por António Feliciano de Castilho (seu antigo professor), por instigarem a revolução intelectual. Como resposta, Antero publicou os opúsculos Bom Senso e Bom Gosto.

No ano da Comuna de Paris (1871), em Lisboa, Antero de Quental organizou as célebres Conferências do Casino, que marcaram o início da difusão das ideias socialistas e anarquistas em Portugal. Coube-lhe a responsabilidade de apresentar a 2ª Conferência, com o título Causas da Decadência dos Povos Peninsulares, que teve lugar no dia 27 de Maio de 1871.

Influenciado pelas ideias revolucionárias de Proudhon, Antero de Quental foi ainda um dos principais impulsionadores do chamado grupo do Cenáculo, também conhecido como Geração de 70, que reunia jovens escritores e intelectuais de vanguarda.

Os sonetos de Antero são considerados por muitos críticos dos melhores da língua portuguesa. A complexidade do seu espírito fez nascer uma poesia escrita com generosidade e dúvidas angustiantes, com sangue e lágrimas.

Em Junho de 1891, o poeta regressou a Ponta Delgada, onde veio a falecer no dia 11 de Setembro de 1891, desalentado da vida, sem esperança, num banco de jardim, junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança.

O desafio deste mês é, pois, resolver este passatempo de Palavras-Cruzadas e, no final, descobrir o título (4 palavras, nas horizontais) de um poema do poeta português Antero de Quental (1842 – 1891).


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HORIZONTAIS: 1 – Margem; Rebento. 2 – Arrojo. 3 – Preferi; Divisa. 4Em + a [contracção]; Larga; Pertences. 5 – Procede; Punhado; Desejo. 6 – Templo; Moa. 7 – Família; Energia [figurado]; Alegria [interjeição]. 8 – Ástato [símbolo químico]; Conversa fiada [popular]; Preposição que introduz expressões que designam origem. 9 – Pessoa a quem se vota uma dedicação extrema [figurado]; Humedecer. 10 – Sujeito. 11 – Despedida; Rasura.

VERTICAIS: 1 – Rasa; Vara para tirar fruta das árvores. 2 – Capitalista. 3 – Orla; Sufixo verbal, de origem latina, que ocorre sobretudo em verbos de sentido frequentativo, derivados de substantivos ou adjectivos; Costume. 4 – Paz [figurado]; Silêncio [interjeição]. 5 – Lava áspera e escoriácea constituída por fragmentos irregulares; Fim [figurado]; Césio [símbolo químico]. 6 – Desprezível; Ligar. 7 – Natural; Busto; Sopro. 8 – Equipa; Reúne em um só. 9 – Publica-se; Levante; Pedras de amolar. 10 – Emenda. 11 – Ocidente; Sem fundamento [figurado].


Clique Aqui para imprimir.

Aceito respostas até dia 20 de Abril, por mensagem particular no Facebook ou para o meu endereço electrónico, boavida.joaquim@gmail.com. Em data posterior, apresentarei a solução, assim como os nomes dos participantes.

Vemo-nos por aqui. Até breve!

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